Existem certas realidades que o falante nativo tem dificuldade de ver sobre sua própria língua. Ele pressupõe lógica naquilo que não tem lógica apenas porque está acostumado a ouvir daquela forma.
O significado da palavra representa o elo de ligação com o seu equivalente em outra língua. Preposições, tanto em inglês como em português, não têm uma área de significado clara e portanto não têm uma equivalência exata na outra língua. Não podemos portanto estabelecer qualquer paralelo no plano das formas entre nossa língua materna e a língua que queremos aprender. Portanto, pouco ajuda consultar o dicionário quando pesquisamos uma preposição.
Você jamais vai assimilar o uso correto de preposições em inglês tentando entender por vias lógicas. Idiomas não têm muita lógica. O fenômeno lingüístico inerente ao ser humano, é igual a ele próprio: irregular, complexo, confuso, em constante evolução, incontrolável. A estrutura de uma língua é demasiadamente complexa, irregular e abstrata para ser categorizada e resumida na sua totalidade a um conjunto de regras.
Só adquirimos domínio sobre o uso correto de preposições, em contato com a língua assim como ela é falada por nativos. De tanto ouvir o “correto” em situações autênticas de interação humana, você cria uma memóriaê auditiva que passa a monitorar sua fala. Se você não tiver tido a exposição necessária ao idioma para ter desenvolvido plenamente esta memória auditiva, isto é, não tiver alcançado ainda este grau de familiaridade com o soar das formas usuais, não tem muito que possa fazer, a não ser perseverar na busca de contato com a língua falada asim como ela é falada por falantes nativos, isto é: “corretamente”.
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Dúvidas Frequentes
- Por que in the last week e não on the last week; e por que on weekends e não in weekends?
- Por que in the same class e não on the same class; e por que on the same team e não in the same team?
Sem a intenção de ser sarcástico, a resposta mais coerente talvez seria: Porque cerca de 400 milhões de falantes nativos estão acostumados a assim se expressar.
No caso particular de in, on e at, pode-se observar uma certa regularidade nas ocorrências predominantes de lugar e tempo.
LUGAR - Qualquer livro de gramática elementar explica que quando definir lugar, in significa dentro de, on significa sobre (tocando), e at fica para as demais situações que não podem ser classificadas como dentro nem como sobre.
Ex: The check is in the book. The book is on the table. She is at the window.
TEMPO - in: in the morning, in the first week, in July, in 1998
on: on Monday, on July 2nd, on weekends (at weekends em BrE)
at: at noon, at 3 o’clock
Afora esses poucos casos de certa regularidade, a grande maioria das ocorrências de preposições, não segue um padrão lógico ou regular. O fato é que preposições são partículas predominantemente funcionais, com pouco conteúdo semântico. Ou seja, não têm um significado claro. Servem apenas para expressar uma relação entre dois elementos. Uma vez que o significado da palavra representa o elo de ligação com o seu equivalente em outra língua, se a palavra não tiver um significado claro, fica difícil estabelecer equivalência.
Veja por exemplo como é difícil darmos uma definição para as preposições “de” e “em” nos exemplos abaixo, em comparação à facilidade de se definir substantivos como mesa, computador, ou de verbos como estudar, comer, etc.
- Isso é feito de madeira. (constituição)
- Estamos de mal. (condição) (por que não em mal?)
- Estamos de férias. (condição)
- Estou de ressaca. (condição)
- Ficamos de nos encontrar.
- Estamos em pé de guerra. (condição) (por quê não de pé em guerra?)
- Ela está de aniversário.
- Um dia de verão.
- O congresso está de recesso. (condição)
- O congresso está em recesso. (condição)
- Estamos em situação difícil. (condição)
- Ele está em São Paulo. (localização)
- Ele viaja em janeiro. (localização no tempo)
- Ele trabalha na (em + a) IBM. (relação de emprego)
- Em atenção a …
- Em particular …
Ou ainda, colocando-nos no lugar de quem estuda português como língua estrangeira, poderíamos muito bem perguntar: Por que…?
- Se dizemos: cintura baixa está na moda?
- Porque: frango à moda milanesa e não frango na moda milanesa?
- Se “de” significa predominantemente “constituição”, porque: estar de aniversário e não em aniversário?
- E se podemos dizer estar de mal e estar de aniversário, porquê estar em apuros e não de apuros?
- Se dizemos ir de bicicleta, de carro, de ônibus, de trem, etc, porque ir a pé e não de pé?
- Considerando que “em” significa predominantemente “localização” e “de” significa “constituição”, e portanto se dizemos estar com dor nas (em+a) costas, porque dor de cabeça e dor de dente?
Finalmente, vejamos o papel da preposição até, comparado a expressões equivalentes em inglês, para demonstrar como é difícil correlacionar preposições entre línguas diferentes como é o caso de português e inglês:
- Até logo. – I’ll see you later.
- Até certo ponto. – To a certain extent.
- Até agora, tudo bem. – So far, so good.
- Você tem que pagar até o fim do mês. – You have to pay by the end of the month.
- Até meu melhor amigo acha que eu estou errado. – Even my best friend thinks I’m wrong.
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Alguns exemplos:
Preposição é uma palavra que liga dois termos e estabelece relações entre os mesmos. Uma das maiores dúvidas dos estudantes da língua inglesa é, justamente, o uso das principais preposições: in, on e at. Sabemos que elas possuem o mesmo significado (no, na, em, etc), no entanto, freqüentemente são usadas incorretamente. Vejamos agora as principais aplicações de cada uma destas preposições:
In
Usamos “in” para designar algo dentro de um determinado espaço; não necessariamente um espaço físico. Falando mais diretamente, usamos “in” quando estamos nos referindo a cidades, estados e países; anos; meses; estações do ano; etc. Exemplos:
- In Sao Paulo (em São Paulo)
- In April (em Abril)
- In France (na França)
- In the spring (na primavera)
- In 2001 (em 2001)
On
A preposição on passa a idéia de contato de uma coisa sobre outra, como na famosa frase “The book is on the table”. “On” também é usado para se referir a dias da semana e datas. Exemplos:
- On Sunday (no Domingo)
- On March 9 th (em 9 de Março)
- On the table (sobre a mesa)
- On Friday (na Sexta-feira)
At
Já a preposição at é usada quando queremos falar em algo situado em um ponto exato. Em outras palavras, o “at” é usado quando falamos de lugares ou momentos específicos. Exemplos:
- At 2 o’clock (às 2 h)
- At my home (em minha casa)
- At Christmas (no Natal)
- At New Year (no Ano Novo)
- At church (na igreja)
- At school (na escola)
A partir dessas preposições, são formadas inúmeras expressões idiomáticas. Alguns exemplos:
- At the time (na época)
- At the moment (neste momento)
- At one time (houve época em que)
- At full speed (a toda velocidade)
- In tears (em lágrimas)
- In a hurry (com pressa)
- In danger (em perigo)
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